segunda-feira, 13 de maio de 2013

Oh Sweetie! Escolhendo e encomendando os docinhos de casamento com ousadia, alegria e sem desperdício

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Top 1 dramas insuspeitos que você arranja pra sua vida ao decidir casar é esse lance de escolher docinhos. Porque, qual seria a fuckin dificuldade de escolher uns brigadeiros? Uns cajuzinhos? Pois é, amigos, mas quem já passou pela saga ou está parado nesta tarefa do checklist a difícil realidade já bateu a porta: quantos doces colocar? quanto custa? quem contratar? o que escolher diante da variedade absurda de opções.
Meu amigo, minha amiga, essa postagem é pra você.
Pega o chá emagrecedor 20 ervas, agenda o exame de glicose e senta aqui pra gente conversar.

É coisa nossa
A imagem de uma linda mesa decorada repleta de docinhos - que será, num futuro próximo, saqueada como naquela cena do avião em O Senhor das Armas - é bem significativa e nos remete imediatamente a ideia de uma típica festa brasileira. Principalmente às festas mais marcantes: aniversário de 1 ano, de 15 e casamentos. A gente tem a maior ligação afetiva com essas iguarias e acredito que quase todo mundo nessas bandas tropicais tem uma lembrança de brigadeiro sendo enrolado pela tia, vó, vizinha, mãe... e isso influencia muito tudo porque não se trata só de e saborear, mas também de transportado pra outras lembranças, de outras festinhas, outros momentos em que fomos estupidamente felizes. Ou seja, os docinhos não são um item importante apenas por questões estéticas, mas por fazerem parte da nossa cultura e memória afetiva.

Talvez isso explique a segunda coisa mega simbólica nas festas brasileiras que é o ataque à mesa dos doces. Sim amigos, seja em Belford Roxo ou Búzios, uma coisa é certa: os convidados vão roubar docinhos. Quem nunca?? Deixa comer ué! (Só certifique-se de que o fotógrafo já clicou a mesa e que há doces para repor - converse com sua/seu cerimonialista sobre isso)
Essas duas considerações são muito importantes pra que você possa se planejar e escolher direitinho o que vai compor sua mesa de doces e em que quantidade.

Tipos
O mercado oferece uma variedade bizonha de doces, cada um deles pertencente a uma modalidade. Fondado, enrolado, fino.. a doceira vai desfilar mil opções na sua cara e você pode acabar girando girando sem saber exatamente o que é o que. Pare de sofrer. Tenha em mãos esta lista abaixo que vai ficar tudo bem.

Caramelados
Esse é moleza! São doces que recebem como cobertura uma camada de açúcar caramelado. Por dentro podem ser de morango, beijinho, castanhas, mas por fora sua aparência será semelhante a de uma bola de gude. Alguns ficam assim mesmo, lisos por fora, mas também encontramos doces caramelizados cobertos de coco (geralmente queimado) e castanhas (o famoso ouriço!).

O que são: doces normais que usam o relógio do Ben 10 e viram caramelos
Na degustação: observe se os doces são consistentes (não derretem ou desmancham atoa melecando a mão) sem serem duros; se não ficam petrificados com o açúcar a ponto de dificultar a mordida.
Preço médio: de R$105,00 a R$150,00 o cento

Fondados
Doces fondados são aqueles cobertos por uma casquinha de açúcar que parece uma pasta americana bem fina. Por dentro a gente tem os doces de sempre: de coco, de nozes, de chocolate. O que realmente muda é a cobertura e a apresentação já que, por serem durinhos, esses doces permitem uma gama infinita de decorações e cores. Antes de contratar, procure ver como é a cara do bicho pronto, seja ao vivo ou por foto porque cada doceira vai dar ao seu fondado como melhor lhe parecer (talvez a exceção seja o de nozes que costuma sempre ser branco com uma noz em cima)

Na degustação: não é incomum que doceiras usem massa fondada artificial e esse nem é o maior problema. O problema é que, para diminuir os custos (principalmente nos buffets) muitas utilizam fondado artificial de baixa qualidade que fazem o doce ou parecer que está enrolado em farinha ou enrolado em açúcar puro e enjoativo. Verifique a consistência (vide caramelados).
Preço médio: de R$90,00 a R$230,00

Enrolados/ Tradicionais
Personas non gratas nas mesas de casamento e confinados às festas infantis, os doces enrolados têm voltado a encontrar seu lugar ao sol e seu valor numa mesa de doces adulta. Cara, clássicos são eternos! É por isso que o olho de sogra, o cajuzinho e o brigadeiro estão aí fazendo o maior sucesso nos casamentos, geralmente surpreendendo os convidados que se deparam com doces que muitas vezes não viam há anos. Alguns ganharam nova roupagem (recebendo banhos de chocolate ou sendo caramelizados), mas continuam seguindo a regra básica de feitura que é fazer o doce, enrolar em bolhinhas e passar no granulado/côco/açúcar/etc. 
O que são: os doces que você comia quando era pequeno
Na degustação: antes de correr pro buffet infantil mais perto da sua casa, faça uma degustação séria levando em conta que o paladar adulto é geralmente menos tolerante ao gosto excessivo de açúcar. 
Preço médio: entre R$90,00 e R$150,00 o cento

Trufas
Meio amarguinho e possivelmente com um "quê" etílico, eles eram mais visto anos atrás nas mesas de café. Por ficar harmônico com o momento e por serem mais refinados, costumavam ser servidos somente no fim da festa numa despedida chic, mas ultimamente saíram da periferia e são facilmente encontrados na mesa de doces principal.
O que são: doces de chocolate ou creme de leite + noz, avelã e/ou conhaque cobertos por uma fina camada de chocolate sendo, em seguida, polvilhado com cacau em pó (engordei 2kg descrevento isso).
Durante a degustação: coma por mim plis
Preço médio: R$ 100,00 a R$ 150,00 o cento

Doce em copinho
Polêmico, doce de copinho encontra defensores e detratores no mundo dos docinhos. Alguns o acusam de infantil, outros dizem que, quando vc se anima a comer, ele acabou, outros apontam ainda que é difícil encontrar quem faça um realmente gostoso. Já outros, defendem veementemente que ele recorda a infancia, recorda o raspar a panela a mãe fazia o brigadeiro, dizem que fica lindo na mesa e que, por seu formato diferente, quebram a monotonia. Mas a verdade empírica sobre o mundo, é que os doces de copinho tem MUITA saída nos casamentos. A galera come com vontade e sem pudor. Come na hora né, porque não dá pra atochar na bolsa da Tia Zuleide.
O que são: cremes de baunilha, brigadeiro de panela ou cocolate branco cremoso servidos em copinho de acrílico.
Durante a degustação: verifique se o granulado (aquelas bolinhas que vão dentro) são gostosas porque não adianta nada o creme ser wow e o granulado ser vagabundo
Preço médio: R$ 140,00 a R$ 300,00 o cento

Doces finos/gourmet
Há duas definições de doces finos: há quem diga que são aqueles de receitas europeias tradicionais outros que são aqueles feitos com ingredientes nobres ou raros. Outros profissionais consideram que os dois podem ser enquadrados nessa categoria e só fazem uma subdivisão com aqueles de ingredientes mais caros e raros que costumam ser chamados de doces gourmet. O que todo mundo concorda é que os doces finos possuem uma estética e modo de preparo mais complexo que os outros. Psysalis (aquela frutinha cor de laranja), pistache, chocolate belga, damasco e amoras são alguns dos ingredientes usados nessas docinhos. Nessa categoria também se enquadram "doces de autor", ou seja, receitas exclusivas feitas por cheffs doceiros.
O que são: doces rycos
Durante a degustação: aproveita, né! Mas fica ligado que às vezes você come um negócio, acha ruim e pensa "pô, como sou ignorante, não consigo apreciar essa iguaria" mas aí pede opinião pro coleguinha do lado porque às vezes o bagulho é ruim mesmo. Ok, às vezes NEM É RUIM, mas é pouco democrático.
Preço médio: R$ 120,00 a R$ 400,00 o cento

Chocolates/bombons
Eles apareceram na mesa de doces dos casamentos há pouco mais de 4 anos, mas são tão amados que ninguém se lembra como era a vida antes. Eles podem ser frutas cobertas por chocolates, versões de docinhos tradicionais ou bombons maciços e apresentam um sem número de possibilidades de decoração indo de uma singela flor de biscuit a um arabesco em silk (pois é).
O que são: São.. err.... bombons
Durante a degustação: verifique se eles não tem gosto de guarda-chuva de chocolate. Afora isso, vale tudo
Preço médio: R$ 120,00 a R$ 200,00 o cento



Como fazer as degustações
Você precisa ser uma pessoa organizada pra fazer as degustações, principalmente se estiver organizando o casamento por conta própria. Isso porque são muitas coisas e sabores a ver; a gente fica confuso sem saber por onde começar. Peça indicação para sua assessoria e para as casadas tendo em mente duas perguntas essenciais: 1. É gostoso? 2. Entregou direitinho no dia? Porque uma coisa sem a outra não vale de nada.
Assim que as doceiras canditadas forem eleitas, procure saber como se procede com a degustação. Os meios mais comuns são:
- Entrega de caixa com amostra dos docinhos em domicílio ou trabalho dos noivos (geralmente é cobrada uma taxa por isso)
- Degustação na casa ou ateliê da doceira. Costumam ter dia fixo, você precisa ligar ou mandar email pra agendar sua ida. Algumas doceiras promovem semanalmente estes encontros e outras mensalmente. Normalmente, sem custo.
- Degustação em feiras - algumas doceiras entregam degustações em feiras de noivas, mas são raríssimas. Normalmente, a noiva combina com a doceira de ir a feira retirar sua caixa e pode/deve aproveitar a oportunidade de conhecer pessoalmente a empresa. 



Quantidades x Tipos de recepção
Recepção tipo "Bolo e champanhe" diurna ou vespertina / Brunch Como a recepção é curtinha, as pessoas não vão ter muito tempo pra pegar docinhos portanto coloque o foco no poucos e bons: 3 doces finos/gourmet por pessoa

Recepção sem bebidas alcoólicas
Quem é protestante sabe que a galera da igreja é fã de uma boa iguaria açucarada, então adocica meu amor, capricha nos bolos, tortas e sirva 6 docinhos por pessoa

Festa regada à cerveja
Como a cerveja pede acompanhamento salgado, as pessoas costumam não achar os doces atraentes aos olhos e ao estômago deixando pra pegar só no fim da festa e comê-los só no dia seguinte. Noves fora, isso dá 4 doces por pessoa.
Balada
Embora a galera do batidão pareça ocupada demais bebendo e dançando, sempre chega a hora da larica. E, diferente das recepções mais comportadas, os homens todos perdem a tradicional reticência em relação a pegar docinhos e atacam a mesa fazendo nossa média alcançar 6 doces por conviva

Mesa de doces com sacolinhas ou quentinhas 
Super condizentes com a tradição nacional do "roubo de doces", muitos casais tem optado por disponibilizar saquinhos de kraft e caixinhas pra galera levar as iguarias pra casa com dignidade ao invés de pedir pra tia Candoca esconder na bolsa. A galera vai avançar sem medo em cima da mesa e isso vai pedir uma conta de 8 doces por pessoa.

>>> ATENCION

A proporção de doces por pessoa tem muitas variáveis. O que a gente tenta é fazer uma estimativa que, ao mesmo tempo, sirva a todos e evite desperdícios. O tipo de público, a quantidade de mulheres (homens comem doces, mas não curtem ir buscá-los), o tipo de bebida servida são, na minha opinião, as principais variáveis.

Proporção x Tipos de doces x Tipo de recepção
Festas lúdicas e/ou informais 30% doces tradicionais
20% chocolates
20% doces fondados (pode-se reservar 5% desta cota pros caramelizados)
10% doces lúdicos como doces de copinho, maçã do amor, paçocas etc
15% doces finos/trufados
5%  doces lúdicos como cupcake, macaron e caketops

Festa tradicional ou phynesse 
20% doces finos/gourmet
20% doces fondados
20% de chocolates
10% doces gourmet
20% de doces tradicionais
5% trufados
5% caramelizados
(pode-se acrescentar alguns doces de copinho pra fazer uma graça)
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