quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Vestido de noiva 50's por R$ 260,00

Porque o Etsy te oferece um modo dulcíssimo de se morrer fulminada de EU QUEROOOOO MEU DELS ME DÁ!

Achei esse vestido aí por acaso, tinha de mostrar às senhoras. A loja é de Vancouver e se chama Lux Vintage Apparel; parece totalmente confiável. Clica aqui nessa frase que você cai direto na página do dito cujo.

O valor é $149,00 o que dá alguma coisa como R$ 260,00 aqui no nosso Brasil. Pra quem ainda não tem vestido, possui medidas descomplicadas e é vitima de brechós, taí um prato cheio pra sair correndo agora histérica pela rua com a camiseta na cara tipo gol gol vitória épica do bridezillismo, do recessionismo, do vestido foda e do amor.

Atenção às medidas aproximadas:
Altura: 1,30cm

Busto: 0,81cm

Cintura: 68,5cm

Quadris: livres

Atenção aos defeitos:
Devido ao peso de seus 60 anos, o vestido está um pouco danificado. Na parte interna há alguns rasgadinhos e na externa pontos com problema de descoloração e pequenas manchas. Segundo a vendedora, são questões facilmente resolvíveis ou escondíveis.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Eu sou neguinha! (pras noivas pretinhas de todas as cores e sambas)

Agora que já casei, o que resta é falar do casamento dos outros.
Felizmente, tenho estado cercada de noivas das mais altas estirpes, donas das ideias mais mirabolantes e mais deliciosas. Uma dessas senhoras é a Arajany, uma preta linda, cheia de presença que conheci esses dias durante uma reunião no Arco do Telles em que "será que a gente pode pedir uma cerveja?" ao que tive de responder com outra pergunta: sim ou com certeza??
A gente sentou e ela foi me contando das milhares de ideias que tem tido pro seu casamento que vai ser APENAS EM ABRIL, APENAS AMANHÃ. Vai ser uma coisa informal, cheia de cata-ventos, alegria, comida e samba, saí anotando tudo. Fui pra casa. Desde então fiquei pensando, junto com as imagens de referência que ela me mandou, em que coisa mais Brasil, mais Bahia, mais Tropicália um casamento com noiva neguinha do cabelão...

Cês sabem, essa coisa de neguinha não tem nada a ver com a cor, ser neguinha é um estado de espírito, é uma vontade incontrolável de colocar uma flor na cabeça e dançar Clara Nunes + Beyonce, mas, se o caso é de uma uma noiva pretinha na cor, temos de pensar no que fazer... Porque só há pouco tempo o mercado (de casamento e de beleza) caiu em si e percebeu que não somos nórdicas, que são necessárias opções de maquiagem e de cor. Graças aos céus e à globalização, essa coisa toda tem se expandido e hoje a gente já pode ser preta e abusar como quiser das cores, das texturas, das formas e dos estilos.

Pra ilustrar essas possibilidades, gosto muito de pensar na forma como a Rihanna usa sem dó e sem conservadorismo as maquiagens. Ela não quer nem saber se é cor de laranja, se é color block, se é nude; ela vai lá e usa. A ousadia dessa senhora, idependente de sua música, é louvável e nos serve de inpiração. Na hora de ser noiva e de ser negra, a maquiagem pode ser o que você quiser, coração.

paleta rihanna

Nos cabelos é a mesma coisa. As negras tão podendo tudo, tá dando pra alisar, pra trançar, pra aplicar e pra deixar rolar o black power. Na verdade, se você é neguinha ruiva ou neguinha loira, não importa! Pode vir, pode carnavalizar.


Agora, e os vestidos?? Gente, pra você que está afim de casar toda fresquinha, toda leveza, nada melhor que um vestido que te possibilite a mobilidade. Isso significa que não vale a pena pôr uma cauda imensa se depois você não vai conseguir dançar, beber e transitar. Também não me parece sensato alugar um vestido espalhafatoso e caro quando você está programando pôr os pés na areia, nos paralelepípedos de Ouro Preto, se acabar, suar, se agarra no seu homem. Se for um tomara que caia, procure ajustá-lo bem ao comprimento busto. Se não estiver certa da firmeza, use uma alça, use duas alças, manga, por fim, curta o momento. Também são legais os vestidos que vão até a altura do joelho (os gringos chamam de tea length).

Pra texturas, quem curte samba-de-roda e noites de batuque na Lapa sabe bem: rendas europeias ou com uma pegada nordestina, saia rodada e motivos florais são a essência da tradição, muito pautada nas peças que as africanas e crioulas dos oitocentos e começo do século XX criavam pra se enfeitar (aliás, deem uma olhada nesse catálogo da exposição que rolou uns tempos atrás na Casa França-Brasil sobre a moda do século XIX e corram pra página 10). Tecidos que resultem em caimento fluido!

claire pettibone é a master fonte de inspiração pras morenas (clica aí na imagem de baixo)
Pra quem quer mais informações e mais inspirações (principalmente!) uma coisa boa é buscar no Google por "bohemian wedding" + "bohemian dress" + "destination wedding". Também dá pra tentar "afroamerican bride", mas aí vocês vão descobrir que olha.. preconceito inda tá aí bonito estapeando a cara da gente. Muito pouca coisa, meninas! MAS SEM DESÂNIMO. É produzindo material que a gente reverte isso aí e disponibiliza em português mais informações úteis pras noivas pretinhas multicoloridas deste brasiu.

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as imagens são de lugares diversos. a maioria está apontando pros seus lugares de origem mesmo. A imagem de abertura da postagem é da Série Re-Debret, de Lucas Bori.
A noiva Arajany autorizou toda a fofoca exposta. porque ela é uma linda :]

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Não há como ser fácil casar: coisas que eu queria que tivessem me dito uma semana antes do meu casamento


Casar: não há uma maneira fácil de fazer
É tanto sofrimento envolvido na coisa do casar: noivas que adoecem, casais que brigam absurdamente durante o processo, dúvidas, desesperos, contas, pesadelos. Se é uma coisa boa, porque se sofre tanto?
E não é uma questão de grana. Claro, quem tá na merda financeira sofre mais porque tem que encaixar o sonho e as expectativas no que teu contracheque tá te apresentando e, claro, quem é filho do Eike simplesmente entrega tudo na mão de alguém e fala taí ó, queremos chegar e casar, manda a conta depois. Mas pra qualquer um que se proponha a um casamento que não seja andróide, um casamento Blade Runner, a coisa vai ser passar pelo fogo e nós, efetivamente, colecionaremos muitas feridas no processo.

Mas, cara, a verdade é que não existe rito de passagem sem dor. Eu não sei quem inventou essas regras, deve ter sido Deus, porque até pra nascer - tava assistindo a um documentário da Discovery esses dias - até pra nascer a nossa cabeça precisa ser traumaticamente espremida até dar jeito dessa melancia passar pelo buraco em que só passaria uma uva. O coveiro jogando cimento e 3 pedras absurdamente pesadas sobre o caixão, decreto do fim. Cerimônias de iniciação, da passagem da menina para a mulher. Obra da casa.

Casamentos, mesmo os casamentos de ir morar juntos, envolvem três coisas gigantes e tensas: amor, família e dinheiro. Juntos, esses elementos farão da sua vida um coquetel Molotov. Ok, agora a coisa pareceu deprimente...

Mas, sério, quem é que quer alguma coisa fácil? Qual é a graça? Se escolhemos viver a vida e viver nossas escolhas, o jeito é nos entregarmos. Temos todos de viver nossos épicos íntimos.

O que queria só dizer, especialmente para noivas que estão com a data do pleito se aproximando e que talvez estejam assombradas por dúvidas do tipo POR QUE MEU DEUS EU ME METI NESSA MERDA? ou que estão adoecendo como rolou comigo, com a Sammia do Casando Sem Grana e com todas nós que dobramos o Cabo das Tormentas Nubentes. Era o que eu queria que tivessem me dito uma semana antes do meu casamento...
  • Fique firme e respeite as dificuldades desse momento. Respeite seu corpo e aceite que ele vai te sacanear e te deixar mal pra cacete, rouca, trêmula, nervosa.
  • Respeite as expectativas e obsessões que estão martelando na cabeça porque não há o que ser feito, não podemos lutar contra essas expectativas irracionais.
  • Todos esperam de você, esperam da mulher, da noiva. A sua família vai encher o saco, a dele vai encher o saco. Eles também não conseguem lutar contra isso porque também esperam muitas coisas, porque a mudança da sua vida também lhes diz respeito. Não to dizendo que isso é bonito ou é o certo, mas a mão que balança o berço é a mão que embala o mundo e agora estamos com esse abacaxi de poderes e responsabilidades. É importante que seu comparsa entenda minimamente esta questão para poder colaborar, participar e te proteger nos momentos de ataque zumbi. É o único jeito de equilibrar as coisas.
  • Não tente racionalizar demais. Tá afim de chorar? Então chora! Tá se achando no fundo do poço? Então vai até lá, mas não fica cavando, vai só até o fim. Take your time, take a breath e aí cê volta
  • Aceite que a perfeição programada não existe, é uma quimera, é Platão. Só o que é imperfeito pode ser de verdade, pulsante e vibrante. Nada melhor do que os momentos perfeitos que aparecem sem nenhum aviso. Sabem, aquelas horas em que a gente para e cacete, quero guardar isso pra sempre! Esses momentos são presentes impossíveis de serem planejados, é transcendência (é Platão, brasiu!)
  • Procure o silêncio. São muitas opiniões de todos os lados, muitas fotos, brigas, muitos telefonemas e emails. Busque um refúgio! Pode ser no quarto, pode ser no banheiro, no Ibirapuera. Qualquer lugar onde você possa estar só e ouvir o nada ao redor
  • Vitamina C, 1g por dia.

Amor

Prill

imagem: loja eighteen9, no etsy

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

1º casamento: preto, branco e laços para Fernanda e Pedro

Minhas senhoras,
é com alegria que anuncio a estréia do Vou Casar e Panz, INC no mundo dos casamentos! Foi tudo muito louco; meses em que descobri que sei fazer arranjos de lacinhos, de flores, arte para adesivos, contatos telefônicos, gerenciamentos e voilettes. Descobri que gosto disso e que... oh lord, please don't let me be misunderstood! Quero mais, quero sempre. Mais uma vez, esbarrei com muita coisa cafona, horrorosa e superinflacionada, em neguinho de parece coveiro ao montar casamentos "cavo há 10 anos e sempre funcionou assim, não vou mexer no enterro só porque é o seu". Mas dei voadora no peito com chuteira topper: não adianta, a beleza das coisas singelas e únicas tão aí pra isso mesmo.

Nesse relato que o moço do amendoim traz pra vocês, conto um pouco sobre o casamento da Fernanda e do Pedro que agora, coitadinhos, estão passando a lua de mel em Aruba. As fotografias da Mariana Magno, do meu arquivo pessoal e do da Fernanda.

20 de janeiro de 2012
Sexta-feira, sob os auspícios do estado e de um bloco de carnaval que engarrafava Catete, Glória e Flamengo, a mineira Fernanda Mirtes contraiu núpcias com Pedro Nunes, um sujeito irrascível por quem, sem aviso e contra a vontade, somos atraídos. Digo essas coisas porque acho que eles me permitem, digo essas coisas pra tentar explicar o que de fantástico e absurdo havia nesse casamento: o noivo não queria casar. O noivo não, ele disse, o cara que vai se casar com a Fernanda.

A ideia era fazer qualquer coisa simples e minimalista que reunisse família, amigos e bebidinhas na assinatura dos papéis+comemoração que iam registrar nas burocracias da vida o casamento que eles já vem construindo há mais de 1 ano e meio. Se eu topava me embolar nisso? Sim! Sim porque era a Mirtes, porque era o Pedro, porque queria treinar pra descobrir se essa coisa de fazer casamentos podia dar certo. Ela aceitou ser cobaia e eu topei ser cerimonialista, assessora, parteira de casamentos. A única coisa que me assustou daquele setembro até hoje foi descobrir que uma lista de cinquenta pessoas agora mostrava 104 nomes. WHAAAAT???

Preto & Branco
Mirtes decidiu duas coisas de cara: usaria um decote que mostrasse o esplendor dos seus peitos novos. Um decote, uma ousadia porque aqueles eram peitos muito comemorados. Foi tirando um inocente raio X para colocá-los que o médico deu de cara com um troço que parecia um tumor. Cirurgia, todos muitos nervosos, uma recuperação chata, mas não é maligno, amigos! Agora mesmo é que eu vou colocar essa porra desses peitos, ela decretou batendo o copo de chopp na mesa.
Foi em algum momento disso tudo que conheci Juliana Avlik em Niterói. Estilista, gata, adorável... estava claro que ia ser ela. Fernandinha topou, babamos nos croquis e aí foi que foi. Decote + preto&branco.
Minimalismo e laços para uma noiva que casaria de vestido curto e saltão.

Um lugar para todo mundo
A gente tem aquele cálculo de faltosos, não é? 10 ou 15% dos convidados não vão aparecer porque alguém sempre fica doente, preso num engarrafamento ou no trabalho. Mas, olha, se é casamento de mineiro, esqueçam isso aí. Acho que o lustre cinematográfico do Catete Lounge nunca viu tanta gente dançando, se espremendo, se abraçando, comendo e bebendo.

Lembrancinhas pros amantes do álcool
Nada mais apropriado para uma festa regada a cerveja e drinks, que consumiu mais latas do que aquele buffet jamais imaginou, 7 garrafas de Absolut e 3 de cachaça salinas que uma lembrancinha reunindo Engov, Eno band-aid e bala de menta. O kit-ressaca foi uma ideia master da Fernanda, sinceramente. Perpetrou amor naquele casamento. Como a sacada apareceu meio em cima da hora, fiquei com medo de encomendarmos e rolar sacanagem/Lei de Murphy com o correio, daí a solução foi metermos os peitos com silicone numa lembrancinha DIY: caixinhas e fitas de cetim compradas na Saara, fiz a arte dos adesivos (atenção Wedding Paper Diva: TE AMO), mandamos pra gráfica e tcharam! Nome dos noivos, data do pleito e os dizeres Divirta-se sem moderação. Cada caixa saiu a R$ 2,50. No Elo7 o preço médio era R$ 4,50.


Mesa de bolo
Eu gosto de uma coisa que os americanos tem de fazer mesa de sobremesa. De juntar bolo, doces, tortas e compotas numa coisa só. Acho que essas dessert table passam uma ideia de gostosura que essa obsessão por mesas de vidro iluminadas por baixo com spots de led jogam pela janela. Imaginei pra Mirtes uma mesa que reunisse preto&branco e guloseimas num conjunto chique e delicado. Foi pensando nessa composição que rolou a ideia dos laços. Como tinha preto em tudo, os laços estariam lá para rebater qualquer ideia fúnebre. Os laços - todos amarrados no talento (atenção youtube: TE AMO), nada de colagem ou arames pra ficar orgânico, vindo de dentro - reinterpretaram o negrume, que agora virava lúdico.
O bolo é do A Doçaria, dirigido pela senhora Carol Duarte.


Puxando o tapete
O problema recorrente dos buffets do Rio é a baixa importancia que dão a personalização. Ficamos sem opção quando a Mirtes pediu que não usassem o tapete vermelho e aí nos vimos inesperadamente tragadas pelo problema de criar um caminho para noiva alternativo.
O piso branco pedia qualquer coisa de destaque. Pétalas não iam rolar porque depois todo mundo pisoteava e virava uma lama colorida ruim de tirar. Tapete colorido? Ninguém sabia nada a respeito, exceto que era muito caro. Com o orçamento estourado, precisávamos resolver no dia anterior essa confusão causada por uma pessoa mal intencionada que gerenciava Catete Lounge na época em que a Fernanda fechou o contrato.
Velas? Fui consultar a fotógrafa e a Mariana Magno quase teve um troço: NÃO!! MINHA LUZ!! Não, e era perigo também! Velas no chão, as pessoas iam tropeçar, chuta que é macumba! O que fazer?
Taíssa, a cerimonialista do Catete Louge pensou em heras. Pegou uma de plástico que tinha lá guardada, colocou no chão e ficou olhando... O que você acha? Cinco minutos depois eu pagava 40 reais por um caminho de heras. Pensei em complementar com pequenos arranjos de flores, mas, cara, ficou lindo no chão! Não mexe em nada, pode mandar a noiva, galera!


A noiva
A Fernanda foi, desde o começo, a própria definição de noiva independente. Meu trabalho se aproximou mais do de uma parteira do que do de uma cerimonialista. Como o tempo era curto (4 meses), ela buscou ser prática e objetiva fechando o pacote geral com o buffet e acrescentando todo o resto depois. Acho que ela não ter feito peregrinações pelo orkut, blogs de noivas ou revistas foi essencial: é uma delícia ficar vendo coisinhas, detalhes, itens dos sonhos, mas a verdade que precisamos enfrentar é que essas coisas todas nos arrastam barranco abaixo rumo à transformação da noiva em walking dead [céééérebro, géééérberas].
Ela montou uma planilha FANTÁSTICA no excel (vou pedir pra disponibilizar pra gente), focou nas prioridades (Pedro, comida, bebida, cuidados estéticos e lua de mel) e seguiu. O restante ficou comigo.

E estava lindíssima! Lindíssima! Um cílio postiço dos sonhos, uma maquiagem glamurosa e impecável levada à cabo pela Barbie Heloísa Borges. O vestido, calçado no corpo, tinha um ar delicioso de desafio ao tradicional e era o que tava ali se recriando; o casamento dos dois foi traduzindo um amor que, como todos os amores, só os amantes que estão dentro dele precisam entender.


O noivo
O cara foi, brasiu! Sem mais.


FICHA COMPLETA

Alianças: Cinthia Lopes Design de Jóias
Bar Man - Open Bar: i9 Drinks
Bolo e bem-casados: Carol Duarte - A Doçaria
Buffet: Ristorante Margutta
Cabelo e Maquiagem: Heloísa Borges
Cerimônia e Recepção: Espaço Lounge Catete (Cartório Catete)
Cerimonialista: Taíssa Castro (Catete Lounge)
Convites: Art'N'Cards
Flores: Helena e Antônio da Noiva Decorações
Decoração: Vou Casar e Panz, INC
Despedida de Solteira: Clube do Batom
Doces: Buffet Catete Lounge (as forminhas são da Saara)
Som e Iluminação: DJ Lopez
Fotógrafia: Mariana Magno
Lembrancinhas: Vou Casar e Panz, INC + própria noiva
Lua-de-Mel (Cotas de viagem): Nascimento Turismo
Planejamento e consultoria de arte: Vou Casar e Panz
Sapatos: Arezzo
Tratamentos estéticos: Lipocenter Meier
Vestido: Juliana Avlik



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