segunda-feira, 3 de outubro de 2011

nuestro trash the dress: vídeo cheio de bossa


Daí eu já não saía de casa mais pra nada e tudo que queria era retomar a vida, as coisas, os cuidados com a casa. Nesse sentido, o trash the dress foi essencial. Acho que porque foi tudo muito intenso, precisava de um fim, de um ponto final e falei com a Clara e com o Fabio que não queria esperar mais, que estava cansada e que precisava voltar no raio da ortodontista pra recolocar o aparelho nos dentes.
No dia do trash estávamos mortos de cansaço. É que vocês não imaginam, nesse ínterim de ausência, saiu o resultado dum concurso pra tutor do CEDERJ e fui chamada (!) de modo que dou aulas/tutorias láááááá nas highlands de Bacaxá (15 minutos de Saquarema, 1h50 daqui de casa) junto com o Rafael, que já era trabalha lá faz quase um ano. Somos colegas de trabalho agora! Experiência muito enriquecedora é o relacionamento visto por outro ângulo.

Mas, daí, o trash, então, no dia a gente tava um bagaço por conta dos deslocamento, mas às 7 da manhã távamos firmes e fortes rumando pras ruínas do Hotel Paineiras, constuído em meados do século XIX lá no Morro do Corcovado. O hotel mais luxuoso do Rio de Janeiro, onde até o imperador (aquele lindo do D. Pedro II) se hospedaria, hoje não é mais do que um fantasma do que fora naqueles tempos, mas a imponência permanece como a de uma árvore velha e orgulhosa.
Como somos apaixonados pelo lugar, nos refastelamos na maior intimidade. Depois descemos pra Santa, pro Guimarães, brincamos de chá, estouramos prosecco como se fosse ano novo e celebramos o final das coisas, o novo início brindando com copinhos de isopor.

O resultado vocês veem aqui no video bossa-nova-lomografia feito pelo Flávio Jobim, um cara de quem cês inda vão ouvir falar bastante. A música deliciosa (escolhida pelo Flávio, chuva de corações) é da Zooey Deschanel, aquela atriz que fez a Trillian no filme de Guia do Mochileiro das Galáxias (amamos/somos Guia do Mochileiro). Tinha lido em algum lugar que ela cantava, mas não tava ligada que fosse um lance tão bonito! Vejam aí que até o final da semana posto as ibageins!
Ah! prestem atenção no fascinator improviso. Peguei uma tira de tule que sobrou duma anágua aqui e fiz um laço por cima do laço do voilete preso com alfinete. Ficou muito mais legal! Quando casar novamente, já sei o que fazer.



Agora preciso ir dormir....

Muitos beijos, vamos nos falando
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ps1: DEIXA EU CONTAR PRA VOCÊS como é que foi a ida pra esse ensaio! Não, é sério, eram 5, cinco e meia da manhã e eu cheia de troço, vestido, mala de rodinha com conjunto de chá, toalha, sei lá mais o que e o ônibus encheu sem que eu percebesse. Entrou um velhinho super mal encarado, parou do meu lado (eu me maquiando super concentrada) começou a resmungar: você por acaso pagou duas passagens?! Levei um susto nesse brasiu, tentei me desculpar, afastar as coisas e todas as maquiagens saíram rolando pelo chão.
Eis que aparece uma mulher e oferece o próprio lugar pro homem, sentou do meu lado, foi tudo muito rápido. Ela se chamava Amara e me perguntou se eu era muçulmana: não, só coloquei isso na cabeça pra não desfazer o penteado.
- Você dança?
- Não.
- Ah! Então é modelo?
Como explicar?
Contei que era um ensaio de fotos pós casamento, "destruir o vestido" e ela ficou ABSOLUTAMENTE FELIZ como um poodle na janela do carro, mais animada do que eu! Contou que amava casamentos, conto do seu num templo budista em Santa Teresa, vestindo azul com mangas bufantes; o noivo era motoqueiro, entrou todo de couro e tava super lindo. Infelizmente eles se separaram. Felizmente ela tava super afim de reatar e achava que tinha chances. Antes que eu pudesse me dar conta, ela estava me mostrando torpedos picantes que eles tavam trocando.
"Saudades do seu saquinho rosa", dizia um deles.
Recomendou que tirássemos foto numa cachoeira, símbolo natural das noivas e que pedíssemos benção a Nanã, entidade das águas, mas não rolou da gente se embrenhar na Floresta da Tijuca porque tinha muito mosquito. Que figura! E justo naquele momento... a vida é muito louca.

ps2: O único porém de tanta coisa boa foi um barraco que formamos com o condutor de um bonde e fiscais da Prefeitura; não queria que fotografássemos eo/no bonde e, principalmente, filmar. Dias depois, acontece aquela tragédia. Eles não queriam que filmássemos pra não correr risco de alguém registrar irregularidades com uma câmera profissional, na verdade pensaram que nós éramos jornalistas fingindo de noivos-fotógrafos-cinegrafistas. Tivemos de jurar que não iríamos usar nada pra fins comerciais e jurar que eles eram uns babacas de rabo preso. Digno de nota nessa situação foi só que 1. pulei do bonde em movimento vestida de noiva e todo mundo da rua aplaudiu rsss "sou comunidade!" e 2. temos talvez umas das últimas imagens do bondinho :(


5 comentários:

Ligia Contreras disse...

abstinência total! Entrando aqui todo dia, para ver se alguma linha aparecia... que bom que vc voltou! Historias loucas sobre bonde em movimento e templos budistas com mangas bufantes... eheheheh fez falta!

eva disse...

Ficou muito legal, adorei.

Prill disse...

Ligia + Eva = duplo twist carpado de carinho!

Anônimo disse...

Voltou eba!!!! muitas saudades!!!

Adorei o vídeo, mto lindo msm!!

http://respireecase.blogspot.com/


bjos

Rafaella Brito disse...

Ficou maravilhoso! Ter um noivo que embarca na nossa loucura é outra coisa, né? Parabéns!

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